terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Mineiros criam a primeira cerveja de cana do mundo


    Terceira bebida mais popular do mundo - atrás apenas da água e do chá -, a cerveja vai ganhar uma cara tradicionalmente brasileira. Neste sábado, a cervejaria mineira Wäls, comandada pelos irmãos José Felipe Carneiro, 25, e Tiago Carneiro, 29, vai dar um toque tupiniquim à popular fórmula de água, malte de cevada, lúpulo e levedura, e acrescentar cana-de-açúcar na produção da “gelada”. É a primeira tentativa no mundo de inserir a matéria-prima da cachaça no processo de fermentação da cerveja.
    O primeiro lote da produção da cerveja de cana, que chegará ao mercado com o nome de Saison de Caipira, estará sob a responsabilidade de uma das maiores autoridades na bebida do mundo. Garrett Oliver, da norte-americana Brooklyn Brewery, desembarca em Belo Horizonte no sábado para dar o pontapé inicial na produção da "cerveja mais brasileira de todas".
    Mas o lote inicial será apreciado por poucos. Segundo José Felipe Carneiro, responsável pelo departamento de produção da Wäls, serão fabricados apenas 2 mil litros da fina cerveja de cana. “Aqui, nós não fazemos cerveja. Fazemos obra de arte”, diz José Felipe.
    A projeção é de que a garrafa de 375 ml chegue ao consumidor final em dezembro, com o preço de R$ 18. A Saison de Caipira estará à venda nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e na cidade de Goiânia.
    Mas, para quem perder não der nem um gole nos 2 mil litros iniciais, a Wäls tem um alento. Passado o primeiro lote, a cervejaria mineira pretende manter a Saison de Caipira no portfólio, com uma produção de até 20 mil litros por ano. A Wäls estuda, inclusive, a possibilidade de exportar a cerveja de cana.

No gosto "gringo"

    Para o sommelier de cervejas André Cancegliero, organizador do Beer Experience, a Saison de Caipira tende a cair no gosto, principalmente, dos norte-americanos. "Eles gostam dessas adições bem diferentes."
    No mercado brasileiro, o especialista enxerga uma oportunidade para a cerveja de cana, mas diz que é "muito difícil acertar a mão" no primeiro lote de produção. "Será uma cerveja bem forte, bem doce", acredita.
    "É uma cerveja de experimentação. Ninguém vai sentar no bar para tomar uma caixa dela", completa.
Produção à mineira
    Para dar à cerveja o toque mais brasileiro da cachaça, a Wäls fechou uma parceria com o grupo mineiro Vale Verde, responsável pela produção de uma das cachaças mais tradicionais do país. Eles fornecerão à cervejaria um lote de cana-de-açúcar especial, com um dos melhores “brix” do mercado. O “brix” é um índice que mede o teor de sacarose da cana, que, no caso da Vale Verde, chega a 23%.
    É este açúcar da cana da Vale Verde que será utilizado no processo de fermentação do caldo da Saison de Caipira. Para completar o caráter nobre da cerveja, Garrett Oliver promete trazer dos Estados Unidos um fermento especial utilizado nas bebidas da Brooklyn para dar o seu toque especial à cerveja de cana.
    Segundo José Felipe, a Wäls investiu R$ 80 mil na produção do primeiro lote da bebida. Até o processo de moagem da cana será diferenciado. A cervejaria comprou um moedor de cana especial que será utilizado somente para a fabricação da cerveja. No primeiro lote, a Vale Verde vai fornecer 1 tonelada de cana para a Wäls. “A ideia é que essa cana se transforme em aproximadamente 400 litros de caldo.”
    Esse caldo nobre será utilizado no processo de fermentação da cerveja. José Felipe explica que a bebida será no estilo Saison, típico do interior da Bélgica, que dá uma “certa liberdade” na manipulação dos ingredientes. As cervejas do tipo Saison tem aromas frutados, leve acidez e alta carbonatação.
    O resultado da primeira cerveja de cana, claro, ainda é uma incógnita. Mas a expectativa é grande. “Esperamos um aroma muito frutado”, diz José Felipe. Mas, apesar do toque doce do caldo-de-cana, o teor alcoólico da Saison de Caipira deverá ficar entre 6% e 8%, acima dos 4% da cerveja tradicional.
    Como, nas palavras de José Felipe, os lotes de cervejas finas da Wäls “evaporam em uma semana”, vale a recomendação: aprecie com moderação.
Fonte: IG

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cuidados no transporte de aves e suínos




     Osmar Dalla Costa, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, alerta para alguns cuidados que se deve ter para que o transporte dos animais ocorra de maneira correta. É necessário ter um caminhão em boas condições. O responsável pelo transporte deve fazer todas as manutenções preventivas. Em segundo lugar, a documentação de transporte como guia de GTA e documentação fiscal, deve estar presente.
     É preciso fazer um cronograma de viagem com informações sobre o horário de chegada à propriedade para embarcação dos animais, quantos animais serão embarcados, qual o percurso que será feito da granja até o frigorífico e se existem rotas alternativas no caso de más condições de tempo.
     Treinamento e força física são fundamentais para quem vai retirar as aves dos galpões de criação para o abate. Este é um momento bastante dinâmico, pois constantemente pessoas entram e saem dos galpões carregando os frangos até o caminhão de transporte, sendo necessário bastante esforço e agilidade por parte dos trabalhadores.
     Em relação ao transporte de suínos, no momento de transferência dos animais da granja até o caminhão, se recomenda que eles sejam manejados com calma, com uso de equipamentos apropriados e sempre com lotes pequenos, ou seja, entre dois e três animais. Já no transporte, é recomendada uma densidade máxima de 230 kg/m².
     Em viagens longas o motorista deve parar o caminhão em locais adequados para que os animais não fiquem expostos a condições adversas, como o sol, que em épocas de verão pode ocasionar queimaduras de pele no animal.
     Se a permanência dos animais for por um período muito longo, paradas regulares são recomendadas para que se molhem os animais, principalmente em épocas mais quentes. Em viagens que durem entre 10h e 12h é preciso fornecer água aos suínos. De modo geral, os animais não devem viajar por um período superior a 24 horas.
     O transporte adequado tem um impacto favoravelmente na qualidade da carne, diminuindo a incidência da carne PSE (pálida, mole e exsudativa) e DFD (escura firme e seca).
     Em relação ao transporte das aves alguns cuidados devem ser adotados, durante a pega, para que as lesões e traumas nas aves sejam minimizados. Um passo muito importante é treinar de forma adequada os funcionários envolvidos na apanha. Cada pessoa envolvida neste processo deverá saber exatamente a função que vai desempenhar e conhecer bem suas responsabilidades. Se possível, todos deverão seguir instruções detalhadas passadas previamente.
     As aves devem ser colocadas dentro das caixas de transporte da forma mais cuidadosa possível. Se jogadas de forma brusca podem sofrer danos e fraturas. As caixas carregadas com as aves devem ser manejadas de forma cuidadosa, para evitar solavancos demasiados, ou que as mesmas escapem no momento da formação da carga na carroceria do caminhão.

Fonte:  Portal Dia de Campo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Estudo descobre importantes benefícios da canela para a saúde


De acordo com um estudo da Universidade Estadual Ball (Indiana, EUA), adicionar uma colher de canela na sua comida no café da manhã pode reduzir drasticamente os níveis de açúcar no sangue, diminuindo potencialmente a chance de desenvolver diabetes.
O estudo envolveu 37 participantes adultos de peso saudável ou obesos. Os pesquisadores descobriram que, quando os adultos, tanto com peso saudável quanto obesos, comiam cereal com 6 gramas de canela, seus níveis de açúcar no sangue diminuíam 25% nas próximas duas horas, em comparação com os que não consumiam canela.
6 gramas de canela equivale a cerca de 2 colheres e meia de chá – muito mais do que uma pitada, mas, segundo os autores do estudo, os participantes acharam o sabor dos alimentos aceitável.

Diabetes x canela

Os cientistas chegaram à conclusão de que a canela reduz a concentração de glicose no sangue e aumenta a sensibilidade à insulina, reforçando a capacidade do corpo de afastar o diabetes.
“Cerca de 80 milhões de adultos americanos têm pré-diabetes, uma condição caracterizada por hiperglicemia, que muitas vezes leva à diabetes”, disse a pesquisadora Jo Carol Chezem, que leciona nutrição na Universidade. “Estamos muito animados com os resultados do estudo e planejando pesquisas semelhantes em indivíduos com pré-diabetes e diabetes”.
A canela pode ser adicionada a uma grande variedade de alimentos. Algumas ideias incluem iogurte, cafés e chás gelados, batidas de fruta e muffins.
As descobertas da pesquisa podem desempenhar um papel importante em ajudar milhões de pessoas a se manterem saudáveis, simplesmente adicionando um ingrediente saboroso no seu dia-a-dia.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, o diabetes está se tornando a epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões.
No Brasil, de acordo com o Vigitel 2007 (Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis), a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2%, o que representa 6.399.187 de pessoas. A prevalência da doença aumenta com a idade (18,6% da população com diabetes têm 65 anos ou mais).
Os pesquisadores explicam que, em 2011, um relatório revelou que 5,6% da população adulta em Indiana têm pré-diabetes ou algum tipo de diabetes. O custo de assistência médica para uma pessoa com diabetes no país é de cerca de 11.744 dólares por ano (cerca de R$ 23 mil), em comparação com 2.935 dólares (R$ 5.751) para uma pessoa sem diabetes.
Conforme os cuidados de saúde tornam-se mais caros, o estudo sugere a canela como uma abordagem de baixo custo para a modificação de glicose no sangue.

Fonte: http://hypescience.com

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cientistas desenvolvem clara de ovo com propriedade anti-hipertensiva


Investigadores do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), na Espanha, desenvolveram um novo tipo de clara de ovo com propriedades anti-hipertensivas.

O produto foi apresentado ontem pelos chefs espanhóis Mario Sandoval e Francisco Torreblanca no último dia do Madrid Fusión, festival que divulga as mais recentes tendências da gastronomia.

O ingrediente proporciona uma espuma mais esponjosa, brilhante, ligeira, uniforme e mais maleável para aplicação na alta culinária.

O novo produto, que tem novas propriedades tecno-funcionais e anti-hipertensivas, é obtido tratando a clara de ovo pasteurizada com uma enzima que quebra as proteínas em fragmentos de menor tamanho, processo denominado hidrólise.

A espuma que se obtém poder voltar a moldar-se passado algum tempo, característica que a clara convencional não possui. "O sabor neutro e a cor branca permitem que possa ser adicionado a diferentes ingredientes", explicou a pesquisadora Marta Miguel Castro.

Como é derivado da clara do ovo, o produto tem uma composição exclusivamente proteica, não contendo gorduras nem açúcares. Também pode manter-se refrigerado para utilizar-se fresco ou pode conservar-se através da liofilização.

Fonte: Avicultura Industrial