quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Empresa lança "ovo em pó" vegano nos EUA



A composição do VeganEgg é majoritariamente de plantas aquáticas: farinha integral de algas, proteína integral de algas, celulose modificada, celulose, goma gelana, lactato de cálcio, carragena (extrato de algas), levedo nutricional e sal negro.

O Vegg (feito pela empresa de mesmo nome), que eu tive a chance de experimentar, é um produto que realmente impressiona por sua capacidade de mimetizar o sabor e a textura dos ovos de galinha (fiz uma omelete misturando o pó amarelo com tapioca que ficou bastante convincente, ouso dizer). É feito basicamente de levedo nutricional.

Outro produto dedicado à substituição de ovos é o Ener-G, que tem a tapioca como um dos principais componentes. A Hampton Creek, conhecida pela maionese “Just Mayo”, também se empenha nesse sentido, mas não oferece um pozinho.

Mas não é preciso necessariamente um industrializado para ter a mesma textura ou consistência proporcionadas pela prole (ou quase isso) da galinha em um bolo ou pão, por exemplo. Algumas vezes, basta adicionar banana, linhaça, óleo ou mesmo água (veja uma lista preparada pelo site Veggi & Tal).

A Follow Your Heart (“siga seu coração”) é conhecida principalmente por seus substitutos de queijo. É, de fato, uma das melhores no mercado americano. (Seria bom se suas “muçarelas” e “cheddars” tivessem um gosto mais forte, na minha opinião.)

Fonte: Folha de SP

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Impactos do estresse calórico em rebanhos leiteiros

O estresse térmico em vacas leiteiras é um dos principais fatores que influenciam em sua produção e reprodução, independente da raça. No Brasil, com exceção da Região Sul, onde temos um inverno bem definido com baixas temperaturas por pelo menos 20 semanas, a existência de uma condição climática adequada é fundamental para que se garanta a lucratividade do negócio.

E para se adequar o ambiente do FreeStall de forma a proporcionar o alcance de índices satisfatórios, faz-se necessário a utilização de técnicas e equipamentos que permitam interferir na manutenção da temperatura corporal dos animais, fazendo com que se mantenha o metabolismo baixo e por consequência gaste-se menos energia na produção de leite.

Uma das soluções mais eficientes neste contexto é o uso do sistema de aspersão conjugado ao de ventilação. Dados mostram que ambientes equipados com essas soluções promovem grande eficiência na troca calórica do rebanho.

Taxa respiratória dos animais x ciclos de aspersão e ventilação diferenciados



A tabela mostra que animais mantidos em condições de estresse térmico apresentam taxa respiratória elevada, devido a baixa capacidade de perda de temperatura por transpiração. Já quando existe a possibilidade de utilização de equipamentos de climatização consegue-se um resultado eficiente na redução da frequência respiratória, provando que se faz necessário o uso correto dessas soluções para que o animal tenha plena condições de produção e reprodução.

Temperatura corporal



(0) - sem aspersores e sem ventiladores
(0 + F) - sem aspersores com ventiladores
(5) - ciclo de 5 minutos aspersão (1 aspergindo - 4 sem aspersão)
(5+F) - ciclo de 5 min (1 asp - 4 sem asp) + ventiladores
(10) - ciclo aspersão 10 min (1 asp + 9 sem asp)
(10+F) - ciclo de 10 min (1 asp + 9 sem asp) + ventiladores
(15) - ciclo de 15 min ( 1 asp + 14 min sem asp) - (15)
(15+F) - ciclo de 15 min ( 1 asp + 14 min sem asp) + ventiladores - (15 + F)

Para que seja alcance um bom resultado é preciso levar em consideração alguns fatores:

- capacidade técnica do controlador do sistema de aspersão em se adequar a diferentes condições climáticas,
- volume de ar movimentado / hora
- consumo de energia,
- investimento e
- custo de manutenção de operação.
 :"Dados extraidos de pesquisa realizada pela equipe Dr John F. Smith, M.J. Brouk, e J.P. Harner, III Kansas State University"

terça-feira, 12 de maio de 2015

Brigadeiro, o docinho mais famoso - e com a cara - do Brasil



Que o brigadeiro é o doce mais famoso do Brasil, disso não resta dúvida. O que muita gente não sabe é que essa guloseima é uma invenção deliciosamente brasileira. O docinho tem por ingredientes básicos o leite condensado e o chocolate em pó e é encontrado em praticamente todas as festas de aniversário, seja de criança ou de adulto.


Sobre sua origem pouco se sabe, mas, considerando o fato de que o leite condensado já existia no final do século 19, há a possibilidade de o brigadeiro ter começado a ser preparado em meados da década de 20, provavelmente com outro nome, ou até mesmo antes, com outro ingrediente no lugar do leite condensado, como o açúcar. Conta-se que, no período após a Segunda Guerra Mundial, devido a dificuldade de se conseguir leite e açúcar para o preparo de doces, descobriu-se que a mistura de leite condensado com chocolate, ovos e manteiga resultava nesse docinho tão delicioso.

Quanto ao nome brigadeiro , a história mais popular é a que atribui a origem do nome do doce ao Brigadeiro (posto de hierarquia militar) Eduardo Gomes. Em 1946 e 1950, ele candidatou-se à Presidência da República e, na sua primeira campanha, o docinho era distribuído ou vendido nas festas realizadas pelos aliados, para a arrecadação de fundos. O docinho fez tanto sucesso que seus aliados e eleitores começaram a chamá-lo de brigadeiro, em homenagem ao candidato, que usava o slogan "vote no Brigadeiro que é bonito e solteiro". Apesar do sucesso dos brigadeiros, Eduardo Gomes perdeu a eleição para Gaspar Dutra.

No Rio Grande do Sul, o brigadeiro é chamado de "negrinho", por causa da sua cor marrom, porém não se sabe se este vocábulo já era utilizado antes de 1941, ano em que Eduardo Gomes tornou-se Brigadeiro, ou de 1946, ano de sua candidatura.



Com o tempo, a receita do brigadeiro ganhou novos ingredientes, como o chocolate granulado, para enfeitá-lo, e o creme de leite, que o deixa menos açucarado. Mais recentemente, o brigadeiro tornou-se um doce chique, com novas receitas a partir da original, sendo comum encontrá-lo preparado com chocolate meio amargo ou cacau em pó, vendido nas melhores confeitarias do Brasil. Em outros países, a exemplo da França, o brigadeiro é conhecido como "trufa brasileira".


Delicioso e afamado, não é à toa que o brigadeiro é a cara do Brasil!

Aos apaixonados por brigadeiro, como eu, deixo a minha receita, que é simples e rápida de preparar!

Ingredientes:

1 Colher de sopa de manteiga ou margarina
1 Lata de leite condensado
4 Colheres de sopa de chocolate em pó
1 Pacote de chocolate granulado

Modo de preparo:

Aqueça a panela em fogo médio e acrescente a manteiga. Junte o leite condensado e o chocolate em pó, mexendo sem parar até desgrudar da panela. Espere esfriar um pouco e despeje a mistura em um recipiente untado. Faça pequenas bolas com as mãos, passando a mistura no chocolate granulado antes de colocar nas forminhas.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

A fantástica fazenda de chocolate

Fazendas de cacau e produtores de Ilhéus estão fazendo chocolate – de marca própria ou com terceiros. Pelo menos cinco grandes propriedades da região cacaueira já deixaram de ser apenas fornecedoras de cacau e estamparam seus nomes nos rótulos de barras e tabletes de chocolates vendidos no Brasil e no exterior. É o caso de M. Libânio, Juliana, Sagarana, Riachuelo e João Tavares.


Vencedor do prêmio de melhor amêndoa no Salão do Chocolate de Paris, em 2010 e 2011, o produtor João Tavares associou seu nome à linha Unique, da Melken. Os chocolates são feitos a partir de cacau produzido nas fazendas “Bahia João Tavares” como informa o rótulo.

Seguindo o caminho iniciado pelo baiano Diego Badaró, que faz o chocolate Amma desde 2007, há outros fazendeiros produzindo chocolate com matéria-prima de cacaueiros próprios. É o caso de Henrique de Almeida, que lançou em outubro de 2011 o chocolate Fazenda Sagarana, feito exclusivamente com amêndoas da variedade Maranhão cultivadas na propriedade. “Faço chocolate varietal, assim como se faz vinho Merlot ou Cabernet”, diz. Ele explica que na produção de chocolate o terroir é tão determinante quanto na de vinho. “Tenho cacau Maranhão em duas fazendas e ele é completamente diferente em cada uma”, explica.

Outra figura que ganha destaque no novo cenário de Ilhéus é Raimundo Mororó. Pesquisador aposentado da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ele instalou uma fábrica na Fazenda Riachuelo e produz, com ajuda da consultora francesa Chloé Doutre-Roussel, chocolates com a marca Magia do Cacau. Mororó está investindo em tecnologia. “Estou testando fermentações, secagens e receitas – até chocolate ao leite faço.” Avalia os resultados, sempre em provas às cegas, numa sala de degustação que instalou no próprio laboratório.

A fábrica ainda modesta – mas em expansão – tem capacidade de produção de 100 quilos mensais. “A gente quer desenvolver um chocolate com terroir próprio da Mata Atlântica”, conta Mororó. Seus chocolates vão mudar de nome em breve, a marca passará a se chamar Mendoá.

Os chocolates que estão mudando a cara de Ilhéus são o resultado evidente do esforço de fazendeiros e pesquisadores locais para superar a vassoura de bruxa, praga que devastou a lavoura de cacau da região nos anos 90. Para resistir à doença, fazendeiros mudaram suas plantações e adotaram o uso de tecnologia genética e empírica para produzir árvores e frutos mais resistentes. Fazendas inteiras foram renovadas a partir do cruzamento de espécies que deram novos frutos com novos sabores.

O preço do cacau caiu e foi preciso produzir melhor. Daí veio a ideia de fazer cacau fino para venda ou para uso próprio. “Se depender do preço do cacau na bolsa, não sustento meus funcionários”, diz Henrique Almeida, dono da Fazenda Sagarana. E conta: “Da última vez que vendi cacau comum, o preço da arroba (15 kg) foi de R$ 70, enquanto o cacau fino foi vendido a R$ 250, mais de três vezes o valor”.


Fruto. O francês Stéphane Bonnat com cacau na Fazenda M. Libânio. A produção de cacau fino começa na colheita: os frutos têm de estar maduros e íntegros, sem furos ou quebras e não devem esperar muito para entrarem no cocho de fermentação. 

FOTOS: João Milet Meirelles/Estadão.


Fermentando. O processo é feito em duas etapas: a primeira, que libera sabores; e a segunda, que diminui a quantidade de bactérias. Nos cochos, as temperaturas chegam até próximo dos 50°C e precisam ser controladas para não estragar as amêndoas que entrarão nos chocolates.


Tradição. Na Boa Sentença, as amêndoas gourmet são secas à maneira antiga; diretamente ao sol sobre o teto das casas de fermentação, reviradas regularmente para manter a uniformidade e com muito cuidado para que não se partam durante o processo.

FRUTOGLEBAS

A intenção inicial era resistir à vassoura de bruxa. Começou com enxertos de pés resistentes à praga e com alta capacidade de produção. Um galhinho saía do pé frondoso e ia recompor outro cacaueiro atingido pela doença. Foram se cruzando variedades com variedades. E as variedades feitas de outras variedades, com identidade própria de aroma e sabor, foram sendo batizadas com os nomes das glebas onde estavam as matrizes. Agora é um tal de FB 201 para cá, TSH 1188 para lá… mais de centenas de combinações de letras e números dão nome ao cacau. Estimam-se mais de 500 variedades de cacau já desenvolvidas na região.






Sagarana:  Frutado e um pouco cítrico, tem textura firme. O gosto final lembra melaço. 

Cacau do Céu:  Produzido com o cacau de João Tavares, o chocolate tem textura suave e fortes notas florais. 

Chocolat Bonnat:  Chocolates produzido com as amêndoas das fazendas Vale do Juliana e M. Libânio têm notas cítricas e acastanhadas.

Magia do Cacau:  As barrinhas de cinco gramas com chocolate a 70% de cacau têm aromas florais e notas de acidez.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/paladar

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Faltam nutrientes essenciais no leite desnatado




No leite desnatado e semidesnatado não foram encontradas concentrações de ácidos graxos benéficos à saúde em nenhuma marca.

Leite sem gordura boa
O leite desnatado comercializado no Brasil não contém concentrações significativas de ácidos graxos insaturados, conhecidos como “gordura boa”.
Isto significa que, ao ingerir o leite desnatado UHT – vendido em caixinhas -, o consumidor está deixando de absorver propriedades nutricionais que são essenciais para sua alimentação.
“Nos casos de necessidade de uma dieta com restrição de gordura, o ideal seria evitar frituras, pães e outros alimentos com grande teor dos ácidos graxos saturados, ao invés de restringir o leite na forma integral”, aconselha Natália Andrade Zancan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O objetivo do estudo foi quantificar especificamente os teores e tipos de gorduras encontrados no leite.

Gordura saturada
É certo que o leite integral possui altas concentrações dos ácidos graxos saturados, considerado o vilão presente nos alimentos.
Eles aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, uma vez que podem formar camadas espessas de gordura nas paredes das veias e artérias, impedindo assim a passagem do sangue.
“Ingerida em grandes quantidades, a gordura saturada pode levar ao infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, a ingestão do leite integral deve ser de forma equilibrada, em média dois copos por dia”, alerta.

Gordura insaturada
Por outro lado, o fato de concentrar também a gordura insaturada faz do leite UHT integral uma fonte importante de propriedades nutricionais indispensáveis.
O produto é fonte de ácido linolêico conjugado (CLA), um tipo de ácido graxo insaturado e uma das substâncias mais importantes do momento por conter propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, além de ser um aliado na redução da gordura abdominal.
Natália chegou a encontrar quantidades de 65,17 miligramas por 100 ml em amostras do leite integral. Em outra amostra a quantidade foi de 47,15 miligramas por 100 ml.
Já no leite desnatado e semidesnatado não foram encontradas concentrações em nenhuma marca.
Outra gordura essencial do grupo do ômega 3, denominada EPA, as concentrações foram mínimas em apenas uma das amostras do leite desnatado – exemplo 0,14 miligramas por 100 ml -, enquanto no leite integral o achado foi corresponde a 2,42 miligramas por 100ml.

FONTE: SIS SAUDE